Quem foi Marcantonio Vilaça
Marcantonio Vilaça projetou a arte contemporânea brasileira internacionalmente, promoveu a participação de artistas nacionais em bienais, feiras e grandes museus no exterior.
Também investiu em exposições de artistas estrangeiros no Brasil, garantindo acesso do público brasileiro à produção contemporânea mundial.
Marcantonio Vilaça nasceu em Recife (PE) em 30 de agosto de 1962. Na infância, teve despertado seu interesse pelas artes plásticas ao frequentar a Escolinha de Arte dos irmãos Augusto e Abelardo Rodrigues.
Nos anos 1970, ainda adolescente, adquiriu a sua primeira obra de arte: uma xilogravura do mestre pernambucano Gilvan Samico. Era a primeira obra de sua coleção. A última foi o vídeo Dream, do artista inglês Hadrian Pigott, adquirida em 1999.
Em 1976, Marcantonio Vilaça transferiu-se para Brasília, onde concluiu os estudos secundários e iniciou, na Universidade de Brasília, o curso de Direito. Concluiu a graduação na Universidade Mackenzie em São Paulo, para onde se transferiu em 1980.
Em 1990, já estava à frente da galeria Pasárgada Arte Contemporânea, em Recife, fundada com a irmã Taciana Cecília Vilaça Bezerra. O espaço reunia, fora do eixo Rio-São Paulo, os bem-sucedidos nomes da geração 80 das artes plásticas brasileiras.
Em maio de 1992, com a sócia Karla Meneghel, inaugurou em São Paulo a galeria Camargo Vilaça, que acabou se tornando a mais importante referência para a arte brasileira nos anos 1990. Com ela, Marcantonio promoveu a projeção internacional da arte contemporânea brasileira, tornando-a um produto de exportação.
Marcantonio Vilaça morreu precocemente no dia 1º de janeiro de 2000, aos 37 anos de idade, em Recife. Como reconhecimento aos serviços prestados à cultura, o governo brasileiro lhe outorgou (post mortem) a mais alta condecoração do país: a Ordem do Rio Branco, entregue à família Vilaça.