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Economia de baixo carbono

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O que é economia de baixo carbono?

A Economia de Baixo Carbono é um modelo econômico baseado na redução da emissão de gases de efeito estufa visando o menor impacto no meio ambiente estimulando o uso racional dos recursos naturais e a ampliação e o consumo de energias renováveis. São seus pilares a transição energética, mercado de carbono, a conservação florestal e a promoção da economia circular

No ramo empresarial, a economia de baixo carbono busca soluções tecnológicas e inovação nos processos produtivos, atingindo ganhos de eficiência energética e produtiva.  

Veja também: Gestão da InovaçãoLei Geral de Proteção de DadosInflação; Logística reversaDesmatamentoProfissões do futuro;

Um exemplo é a iniciativa mundial chamada We Mean Business, no qual empresários se comprometeram em reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa, firmados no Acordo de Paris. O compromisso do Brasil é cortar as emissões em 37% até 2025 e em 50% até 2030, partindo dos níveis de 2005

Veja também:

Quais os pilares da economia de baixo carbono?

A economia de baixo carbono é baseada em quatro eixos: economia circular, transição energética, conservação florestal e mercado de carbono. 

Confira as propostas da indústria em cada eixo:

Economia Circular: 

  • Criar a Política Nacional de Economia Circular; 
  • Implementar ferramentas para mensurar as empresas brasileiras em relação às melhores práticas, organizando uma base de dados nacional de economia circular;
  • Simplificar a logística reversa; 
  • Apoiar a implementação de requisitos de sustentabilidade nas compras públicas. 

Transição Energética: 

  • Estimular a Política Nacional de Biocombustíveis; 
  • Articular a destinação de investimentos nos programas de eficiência energética para a indústria; 
  • Criar um marco regulatório para a geração de energia eólica offshore; 
  • Promover o uso do hidrogênio;
  • Apoiar a regulamentação da Captura e Armazenamento de Carbono;
  • Expandir a recuperação energética a partir de resíduos sólidos. 

Saiba mais em: Transição Energética é o caminho para economia de baixo carbono

Conservação Florestal: 

  • Estimular a gestão de florestas; 
  • Ampliar a bioeconomia; 
  • Apoiar o uso sustentável dos recursos da biodiversidade; 
  • Colocar em prática o Código Florestal e acelerar o processo de regularização fundiária. 

Mercado de Carbono 

  • Consolidar um mercado interno;
  • Expandir a participação do Brasil no mercado mundial; 
  • Instituir uma estrutura de governança transparente e um sistema robusto de Mensuração, Relato e Verificação. 

Carbono como moeda de troca

Cada empresa tem um limite de emissão de gases que provocam o efeito estufa. Quem conseguir emitir menos, acumula créditos que podem ser vendidos àqueles que extrapolaram o teto. O crédito de carbono é igual a uma tonelada de gás carbônico (ou outros gases) que deixaram de ser lançados na atmosfera. 

O objetivo é estimular a inovação e a competitividade entre as empresas, sem aumentar a carga tributária, por meio do sistema cap and trade, que prevê o carbono como moeda de troca. 

Leia mais: Estudo da CNI traz experiências internacionais de mercado de carbono

Qual a importância de regulamentar o mercado de carbono? 

O principal benefício na regulação é a segurança jurídica, aumentando a confiança em relação às indústrias. As ações das empresas precisam ser baseadas em regras claras, em critérios de monitoramento e direção. Dessa forma, poderão traçar estratégias e escolher tecnologias mais assertivas na redução da emissão de gás carbônico e outros gases.

O que é o Indústria Verde? 

O Indústria Verde é um projeto que mostra que a indústria brasileira já é protagonista em soluções sustentáveis. Ele traz contribuições à agenda ambiental, com enorme potencial para liderar o processo em diversos setores.

É um trabalho dedicado a reduzir a emissão de gases de efeito estufa por meio do investimento em pesquisa e desenvolvimento, inovação, uso racional dos recursos naturais e estímulo à adoção de práticas sustentáveis. Entre as iniciativas, está a segunda fase do programa Aliança, parceria da CNI com a Eletrobras e a Abrace, que vai disponibilizar, em 2023, R$ 20 milhões para atender 24 plantas industriais, no intuito de melhorar a eficiência energética. 

Como é possível às indústrias utilizarem esta economia?

A indústria já identificou o desafio da transição para uma economia de baixo carbono como uma oportunidade para ampliar sua participação no mercado internacional, com produtos de valor ambiental agregado. 

É preciso analisar o gasto com energia elétrica e térmica, além de identificar possíveis substituições ou aprimoramentos na produção utilizando menos recursos. Além disso, colocar em prática o conceito de circularidade, tanto na produção, quanto na cadeia de fornecedores. Isso significa tratar o resíduo como um recurso para produção.

O hidrogênio sustentável é considerado peça central para descarbonização. O hidrogênio verde é produzido a partir de fontes eólica e solar. Há também o hidrogênio produzido a partir da biomassa ou biocombustíveis. E o Brasil tem grande potencial de produção desse combustível, o que pode colocar o país em posição estratégica nos planos de descarbonização.

“A CNI pode ter um papel catalisador no engajamento da indústria para a descarbonização via hidrogênio. Desde 2021, foram anunciados 131 novos projetos de larga escala em hidrogênio, com investimentos de US$ 500 bilhões até 2030”, explicou Davi Bomtempo, gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, em entrevista ao Indústria Verde. 

 Confira o estudo da CNI sobre as perspectivas e potencial para a indústria brasileira “Hidrogênio Sustentável” https://static.portaldaindustria.com.br/portaldaindustria/noticias/media/filer_public/b4/73/b47388bd-e740-4df1-80a9-9b8ecbf9720f/estudo_hidrogenio_sustentavel.pdfhidrogênio sustentável 

E o papel da CNI neste contexto?

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) atua na mobilização das empresas e na articulação com o governo federal com estratégias da indústria rumo a uma economia de baixo carbono. 

As principais recomendações da indústria para impulsionar a economia de baixo carbono são: a consolidação do mercado de carbono regulado, no modelo de Sistema de Comércio de Emissões; o fortalecimento da política nacional de biocombustíveis; a promoção de incentivos para tornar o consumo energético mais eficiente; a implementação de parques para geração de energia eólica em alto-mar (offshore); e a regulamentação do mercado de hidrogênio. 

O setor industrial promove diversos investimentos na descarbonização dos processos de produção. Atualmente, as emissões de gases de efeito estufa dos fabricantes de cimento são 11% menores do que a média mundial. Para se ter uma ideia, entre 2006 e 2016, as indústrias do setor químico diminuíram em 44% as emissões de gases de efeito estufa. Outro destaque são os investimentos da indústria em economia circular. Em 2019, pesquisa da CNI apontou que 77% das empresas desenvolvem alguma iniciativa sobre o tema. 

Em 2022, a CNI elaborou um conjunto de propostas que foram discutidas e entregues aos candidatos à Presidência da República. Uma destas propostas foi justamente a “Economia de Baixo Carbono: para um futuro sustentável”. O documento sugere que a agenda ambiental deve focar na garantia de desenvolvimento econômico com preservação ambiental. A publicação destaca ainda a promoção da economia de baixo carbono no Brasil. Confira na íntegra: https://static.portaldaindustria.com.br/media/filer_public/2b/a1/2ba1f683-2080-4164-bb8c-3810ad49690b/doc_15_-_economia_de_baixo_carbono_web.pdf