O que é Desenvolvimento Sustentável?
Desenvolvimento sustentável é aquele capaz de suprir as necessidades atuais, sem comprometer a capacidade de atendimento das futuras gerações.
O caminho para a sustentabilidade busca o equilíbrio entre o progresso da sociedade, a conservação do meio ambiente e o desenvolvimento da economia.
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Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
A Organização das Nações Unidas (ONU) definiu, em 2015, 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável. As metas são ousadas e valem até 2030. A agenda visa garantir os direitos humanos, acabar com a pobreza, combater a desigualdade e a injustiça, alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas, atuar contra as mudanças climáticas e sanar outras dificuldades enfrentadas pela população mundial.
Consumo Consciente
Grande parte do modo de vida atual e do modelo de produção econômico vigente ainda fomentam a utilização imprudente de recursos naturais, o que já acarreta impactos ambientais e sociais significativos e pode levar ao esgotamento desses insumos em um futuro breve. Na indústria, a falta desses recursos pode levar a uma série de problemas, como o aumento dos custos e a diminuição da competitividade das empresas. Além disso, os consumidores estão atentos ao tema e há tendência crescente de se dar preferência às marcas que, de fato, adotam soluções sustentáveis em seus processos produtivos.
Desenvolvimento Sustentável vs. Sustentabilidade
Apesar de serem termos correlatos, eles possuem significados diferentes. Desenvolvimento sustentável é a estratégia que consiste no atendimento das necessidades ambientais, sociais e econômicas de forma perene, de geração em geração. Já sustentabilidade é o objetivo final de todo esse esforço, é a visão que se deseja alcançar do equilíbrio entre desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e conservação ambiental.
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Indústria Sustentável
O setor produtivo, ciente de que a sustentabilidade deve fazer parte da estratégia corporativa para gerar valor de longo prazo às organizações e demais partes interessadas, abraçou o desenvolvimento sustentável como um dos principais motores para a inovação.
Prioritário para o futuro do planeta e das sociedades, o compromisso com o desenvolvimento sustentável é também cada vez mais necessário para que as empresas mantenham rentabilidade e competitividade, além de uma grande oportunidade para geração de novos negócios e acesso a novos mercados.
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com o Instituto FSB para avaliar qual a visão das empresas brasileiras em relação à sustentabilidade, mostra que 94% dos executivos enxergam oportunidades nas ações de sustentabilidade.
O setor tem assumido o protagonismo dessa transformação, investindo em projetos socioambientais que buscam maior eficiência, reduzem custos e riscos, adicionam valor aos recursos e contribuem para a consolidação de uma economia de baixo carbono. A indústria está mostrando que o desenvolvimento econômico e social pode e deve estar de mãos dadas com a conservação ambiental.
“A indústria sempre foi um ator relevante e, em muitos momentos, liderou o processo de desconstrução da falsa dicotomia entre desenvolver e conservar, homem e natureza. Historicamente temos dado uma contribuição relevante ao oferecer soluções que aumentam a eficiência das linhas de produção e promovam o consumo consciente de recursos. Os dados da pesquisa revelam que essa é uma preocupação disseminada e contínua em todo o setor industrial”, afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Investir em eficiência energética; otimizar processos; reduzir gastos com insumos aproveitando melhor as matérias-primas, reciclando materiais e minimizando desperdícios; reutilizar água; gerir adequadamente os resíduos e mitigar a emissão de gases de efeito estufa, são algumas das práticas que já fazem parte do dia a dia das organizações.
Outra contribuição importante do setor industrial para o desenvolvimento sustentável é o investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). A Sondagem da Inovação, realizada pela CNI, mostrou que, no Brasil, há muito pouco apoio público para pesquisa e inovação. A maioria (89%) das empresas inovou apenas com recursos próprios.
E essa jornada só tende a ganhar escala. Segundo o levantamento da CNI, 63% das empresas entrevistadas afirmaram que vão ampliar os investimentos em sustentabilidade nos próximos dois anos, uma decisão estratégica com potencial para ir além e impactar positivamente ao longo de toda a cadeia de valor.
As corporações que priorizam a sustentabilidade tornam-se mais competitivas e rentáveis a longo prazo. Também têm maior potencial para conquistar a confiança, melhorar sua imagem corporativa e estabelecer relacionamentos responsáveis e transparentes junto a seus clientes, investidores, consumidores, trabalhadores e toda a sociedade.
Iniciativas e Propostas da Indústria Brasileira para um Futuro Sustentável
O setor industrial do Brasil traçou uma estratégia que visa impulsionar a transição para a Economia Circular. O plano é baseado em 4 pilares: Economia Circular, Mercado de Carbono, transição energética e Conservação Florestal.
- Economia circular – essa mudança no modelo de economia propõe repensar a forma de produzir e comercializar os produtos visando a gestão estratégica dos recursos naturais. O caminho é ampliar práticas como ecodesign, manutenção, reúso, remanufatura e reciclagem, ao longo de toda a cadeia de valor. Na economia circular, os materiais são aproveitados em cadeia de forma cíclica e os recursos naturais são valorizados em todas as etapas de produção, pois o objetivo é reduzir sua extração e ampliar sua disponibilidade. Pesquisa feita pela CNI em 2019 mostra que 76,5% das indústrias desenvolvem alguma iniciativa de economia circular, embora a maior parte não saiba que as ações fazem parte da transição para a economia circular.
- Mercado de carbono – a proposta da CNI é adotar um mercado baseado no sistema “cap and trade”. Nele, empresas com volume de emissões abaixo ao estabelecido têm a opção de vender o excedente para as que lançam uma quantidade maior de gases de efeito estufa na atmosfera. Isso vai estimular investimentos em tecnologias limpas.
- Transição energética – para realizar essa mudança, é necessário ampliar o uso de fontes renováveis, reconhecer a importância dos biocombustíveis, incentivar o consumo racional de energia e as ações de eficiência energética.
- Conservação florestal – é uma iniciativa que visa, principalmente, manter as florestas de pé. É essencial uma ação mais efetiva de combate ao desmatamento ilegal e das queimadas, principalmente na Amazônia, que ocupa quase metade do território nacional e tem grande influência sobre o clima. A proposta envolve ampliar as áreas sob concessão florestal no país, fortalecer o manejo florestal sustentável e incentivar negócios voltados à bioeconomia.