ESG

O desempenho das organizações deve ser avaliado não só pelo retorno financeiro, mas também pelos seus impactos ambientais, sociais e de governança.

Os desafios relacionados à sustentabilidade, como a urgência climática e a recuperação pós-pandemia de Covid-19, têm exigido cada vez mais responsabilidade e transparência na forma como as organizações interagem com o meio ambiente, se relacionam com seus stakeholders, e direcionam suas estratégias de gestão.

Isso tem impactado diretamente as avaliações de riscos e decisões de investimentos do mercado financeiro, que, por sua vez, tem sido chamado a repensar as bases de um sistema financeiro mais estável e sustentável, reforçando seu papel na retomada do crescimento econômico resiliente e de baixo carbono das nações.

A sigla ESG (em inglês, Environmental, Social and Governance) foi apresentada pela primeira vez em 2005, no relatório "Who Cares Wins" (Quem se Importa, ganha, em tradução livre), elaborado pelo Pacto Global, em parceria com o Banco Mundial. No entanto, foi nos últimos 3 anos que ganhou os holofotes da mídia e espaço de destaque no mundo dos negócios.

A proposta é avaliar o desempenho das organizações não apenas pela ótica do retorno financeiro, mas também a partir do entendimento sobre seus impactos ambientais (E), sociais (S) e de governança (G). Para o setor empresarial isso significa tangibilizar e trazer concretude aos conceitos da sustentabilidade.


Do mesmo modo, instituições financeiras públicas e privadas também vêm, de forma crescente, se comprometendo em integrar critérios ESG em suas carteiras de produtos, redirecionando o fluxo de recursos para projetos e atividades mais sustentáveis. De acordo com a Bloomberg Intelligence, os ativos globais ligados à agenda ESG provavelmente irão ultrapassar US$ 53 trilhões até 2025, o que representaria mais de um terço dos US$ 140.5 trilhões em ativos totais projetados sob gestão.

Ao final do dia, o que se espera é que empresas e investidores coloquem a sustentabilidade no centro da proposta de valor dos negócios, contribuindo para o alcance de compromissos como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e o Acordo de Paris.

Para o país, a agenda ESG é uma grande oportunidade para: direcionar recursos ao atendimento de grandes desafios socioambientais, em especial os relacionados à infraestrutura (mobilidade, construção, saneamento básico, iluminação, etc; atrair investimentos ao desenvolvimento de novas tecnologias e modelos de negócios; fortalecer cadeias de valor, e também para ampliar o acesso do produto nacional aos mercados externos, aliando competitividade, geração de emprego e renda e conservação dos recursos naturais.

Segundo consulta realizada pela CNI junto a 100 empresários, em junho de 2022, os principais desafios para a integração dos critérios ESG nas estratégias corporativas são: carência de recursos humanos dedicados ao tema; falta de entendimento sobre os critérios e sobre como instituí-los; ausência de termos padronizados; falta de fornecedores e parceiros que cumpram os critérios; e custos elevados para implementação.

Conhecimento, mobilização e qualificação são, portanto, alguns dos temas nas quais as organizações mais têm que empreender esforços em suas jornadas ESG.

Mensagens-chave

Integrar a perspectiva ESG à estratégia corporativa.

O foco é construir resiliência e valor de longo prazo para a organização e suas partes interessadas.

Apoiar as jornadas ESG de micro, pequenas e médias empresas.

Esse segmento representa 98,8% da indústria e sua inclusão é essencial para fortalecer cadeias de valor.

Construir taxonomia multistakeholder em finanças sustentáveis.

Setores da economia, sistema financeiro, governo e demais atores relevantes devem ter participação direta na definição.

Buscar uma linguagem comum para a divulgação dos critérios ESG.

Essa unidade é fundamental para oferecer, ao mercado, informações confiáveis, rastreáveis e comparáveis.

Agenda prioritária 2024

Agenda-Icone.png Contribuição para a construção da Taxonomia Sustentável Brasileira pelo governo federal e monitoramento dos PLs sobre o tema em tramitação no Congresso Nacional.

agenda-icone 2.png Representação da CNI junto à Comissão de Estudos Especiais sobre ESG da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ao Comitê Brasileiro de Pronunciamentos sobre Sustentabilidade (CBPS), à Comissão Nacional dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CNODS) e ao Laboratório de Inovação Financeira (Lab).

Agenda-Icone.png Acompanhamento técnico e institucional das Task Forces do B20: "Finanças e Infraestrutura", "Transição Energética" e "Integridade e Compliance".

agenda-icone 5.png Elaboração do estudo "Ambiente regulatório ESG em mercados emergentes e desenvolvidos e seus impactos sobre pequenas e médias empresas (PMEs)" e do guia "Metodologias de gerenciamento de riscos sociais, ambientais e climáticos - foco PMEs".

agenda-icone 2.png Realização de evento sobre jornadas ESG para PMEs, tema priorizado pela Rede ESG da Indústria, e da 3ª live "ESG e Finanças Sustentáveis", em parceria com o Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) da CNI e a Associação Brasileira de Desenvolvimento.

Agenda-Icone.png Contribuição para atualização da 3ª edição do ebook "ESG e Soluções de Financiamento", em parceria com o Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) da CNI.

Agenda-Icone.png Desenvolvimento de documento de posicionamento sobre finanças sustentáveis como parte do Plano de Trabalho do MOU assinado junto a entidades internacionais para as COPs 29 e 30.

Agenda-Icone.png Proposição de ações para o Plano de Trabalho do Programa Brasil+Sustentável.

Ações e resultados

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Estudos e análises

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